com voz infinita
longínqua...
áspera...
molhada pelo orvalho
de não ter sido
mais que pó...
no infinito...
Chama-nos a Terra
desconsolada...
sozinha...
cega...
desbroçada por pás
desdentadas
deixando torrões
de cobardia...
Chama-nos a Terra
aflita...
mal tocada...
em vela...
acordada uma manhãzinha
e já nunca mais deixada
descansar
em armonia...
com as bestas que a
maltratam.
Nolim Gonzalez
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