sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Chama-nos a Terra...


com voz infinita
longínqua...
áspera...

molhada pelo orvalho
de não ter sido
mais que pó...
no infinito...

Chama-nos a Terra
desconsolada...
sozinha...
cega...

desbroçada por pás
desdentadas
deixando torrões
de cobardia...

Chama-nos a Terra
aflita...
mal tocada...
em vela...

acordada uma manhãzinha
e já nunca mais deixada descansar
em armonia...
com as bestas que a maltratam.

Nolim Gonzalez

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