quarta-feira, 8 de agosto de 2012
um cão em cada dedo
se à minha mão direita
uma artéria induzisse o poema
que a esquerda, mão inábil,
gastaria a vida a pronunciar,
através não sei de que imagens,
eu saberia dosear a noite.
assim, sou ainda este corpo
todo inválido de um lado, com
certa dificultade em levantar,
todos os dias, desta cama, do
quarto onde adormeço, a
precisão angular do ser.
alice macedo campos
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