Ó mar como tu brames
desesperado por alguém,
olha para mim, mas não me chames…
… que eu grito e clamo também.
Temos tantas coisas em comum:
Amas a Terra em segredo…
… eu amo também! Talvez mais um?
Mas do meu segredo, tenho medo.
Dá-me a tua força a tua coragem,
que eu peço à Mãe Natureza a liberdade,
para que sejamos nós a imagem
que para amar não há idade;
e nesse vai vem de maré revoltada,
sempre preso ao mesmo movimento…
eu nessa revolta me sinto situada,
dá-me tua prisão, neste momento.
Fecha-me numa cela a sete chaves.
Venda-me os olhos e
coloca-me um trapo branco na boca.
Esconde depois o chaveiro, onde só tu sabes
e deixa-me de amor, ficar louca!
Fernanda Garcias
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